segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Balanço de 2011



Por onde começar, após um ano recheado há muita coisa para recordar, ate podemos começar pelo fim, através de um concerto que se realizou no Incrivel Almadense no passado mês de Novembro, falo da segunda vinda este ano ao nosso país da parte dos Opeth, e para esta ocasião trouxeram os conterrâneos Pain Of Salvation. Os albums Heritage e Road Salt Two são verdadeiras perolas do Rock atual e o concerto no Incrível Almadense serviu como uma montra para se puder ver e ouvir a interpretação de algumas músicas de ambos os trabalhos que figuram em vários tops de final de ano.

Os muitos desconhecidos Ana Kefr ficaram marcados como a descoberta do ano, o seu lançamento, The Burial Tree (II), é uma mistura explosiva dos mais variados géneros dentro do Metal, a ver se com um próximo registo a banda consiga ter o reconhecimento que merece. Solstafir com o fabuloso trabalho duplo Svartir Sandar e o trabalho de uma só musica The Valley Path dos U.S. Christmas foram os principais representantes do Rock Psicadelico.

Desde que formou os The Devin Townsend Project, a mente depravada que é Devin Townsend não parou quieto, além da passagem ao nosso país, lançou os dois álbum finais que tinha planeado lançar com este alinhamento. Deconstruction e Ghost dividiram opiniões. Enquanto Deconstruction é o mostrar de todo o talento e versatilidade que Devin Townsend incorpora na sua música, Ghost é um álbum num sentido completamente oposto ao seu irmão lançado este ano e mostra Devin Townsend numa onda mais zen.

Fora do mundo pesado Tom Waits foi a figura de destaque, Bad As Me dá a continuação a uma carreira cheia de qualidade da parte deste Senhor que já não tem mais nada a provar. Long Distance Calling e Russian Circles lançaram os melhores trabalhos referentes ao Post-Rock, um género que de ano para ano tem vindo a ganhar muita popularidade não fosse pelo enorme créscimo da criação de mais bandas embora isso não venha a condizer com a qualidade amostrada.

Mastodon com The Hunter solidificaram a sua posição na música dos dias de hoje. Os Nightwish voltaram com uma produção arrojada que vai ser culminada com um filme a ser lançado em 2012. Fallen lançado por Varg Vikernes através do projeto Burzum veio mostrar um homem cheio de vontade de deitar ca para fora tudo o que teve que conter quando esteve preso de 1994 a 2009. O Metal com sonoridade oriental também teve o seu destaque este ano através do lançamento do dvd The Road To OR-Shalem dos Israelitas Orphaned Land e do álbum Tales of the Sand dos Tunisinos Myrath, no final do ano as bandas andaram juntas em tour pela Europa.

Como sempre, o génio Steven Wilson não esteve quieto, através dos Blackfield, um projeto que tem que com o cantor de Rock Israelita Aviv Geffen lançou Welcome to My DNA, a solo lançou o brilhante registo duplo Grace For Drowning e ainda teve tempo de ir dar uma mãozinha na produção do Heritage dos Opeth. Para Abril de 2012 já foi confirmado para o lançamento do primeiro trabalho da banda Storm Corrosion, em que a Steven se junta Gavin Harrison, baterista dos Porcupine Tree e Mikael Åkerfeldt, eterno líder dos Opeth e grande amigo de Steven Wilson.

O festival Vagos Open Air foi um dos grandes eventos do ano, a vinda dos Opeth foi uma das principais razoes que fez muita gente dirigir-se a Vagos durante o mês de Agosto, mas o segundo dia deste festival, que de ano para ano não pára de crescer, foi o que teve mais destaque não fosse pela vinda dos regressados Morbid Angel, mesmo tendo lançado uma dos maiores flops do ano, Illud Divinum Insanus, a banda foi uma das que teve mais atenção durante o ano. The Devin Townsend Project, que veio substituir Nevermore, e Ihsahn foram os senhores que se destacaram em uma mais grande edição do V:O:A.

O mês de Novembro foi recheado no que toca a concertos de Metal, o já destacado Opeth + Pain Of Salvation foi o único com casa esgotadíssima, mas os concertos de Amon Amarth e Amorphis vieram mostrar que Portugal neste momento encontra-se como passagem obrigatória. Tanto o lançamento do registo War of the Roses e o concerto no Musicbox vieram marcar amística e o culto que envolve os Ulver neste momento da carreira. No dia das bruxas esteve reservado o já tradicional concerto dos Moonspell, este ano tocaram o seu melhor álbum na íntegra, o Wolfheart.

2010 ficou marcado pelas perdas de Ronnie James Dio e Peter Steele, este ano as perdas foram muitas mas destaco o lendário guitarrista Gary Moore, Mike Starr, baixista original dos Alice In Chains, Scott Columbus, o baterista que esteve mais anos nos Kings Of Metal, Manowar e Seth Putnam, eterno vocalista dos Anal Cunt. Também houve outras perdas, mas de elementos a saírem das suas bandas, a mais badalada foi o confirmar de que Mike Portnoy não irá voltar á banda que formou, os Dream Theater.

No que toca a bandas com o cunho de ‘lendarias’, houve notícias de todo o tipo, a maior claro foi o regresso tanto aos discos como á estrada dos míticos Black Sabbath com a sua formação original. Os Van Halen tambem acabaram de confirmar o regresso aos palcos para 2012. Os Metallica colaboraram com Lou Reed e no meio disto saiu uma coisa intitulada de Lulu, um álbum que vai ficar para a história e não por razoes positivas. Anthrax protagonizaram também um dos regressos do ano em relação a trabalhos ao lançarem Worship Music, ouvindo com atenção nota-se que deram uma de AC/DC, teria sido melhor se tivessem ficado só pelas tours ao lado dos seus amigos que juntos compõe o que foram apelidados de Big 4 of Thrash Metal.

Enquanto umas bandas cimentaram as suas carreiras outras despedem-se e outras celebram o que fizeram no passado, falo de Judas Priest e Marky Ramone. Os Metal Gods passaram por ca com a sua Epitaph World Tour em que tocaram clássicos, clássicos e mais clássicos, foi uma noite de puro Heavy Metal ao qual ninguém ficou indiferente. Marky Ramone veio com os seus Marky Ramone's Blitzkrieg em que com Michale Graves na voz (nos anos 90 foi o vocalista da reencarnação dos Misfits e gravou o notório American Psycho) veio celebrar os 15 anos em que ocupou a bateria da mítica banda de Punk Rock.

Ate nas bandas sonoras houve muito que falar, apos o ano passado ter ganho o Globo de Ouro e o Oscar pelo trabalho que fez na banda sonora para o filme The Social Network, eis que Trent Reznor se volta a juntar com o compositor Atticus Ross e se prepara para repetir o feito, só que desta através do trabalho que fez para o filme The Girl With The Dragon Tattoo, um registo triplo cheio de emoções únicas.

Muitos outros eventos e lançamentos tiveram o seu destaque deste grande ano, vamos ver se 2012 conseguirá ser ainda melhor, bom ano parta todos os leitores do blog.

(concertos como o de Roger Waters, Manowar, Scorpions, Peter Franptom, Yes, entre outros, merecem o devido destaque como é obvio, mas só não os mencionei porque, por infelicidade a minha, não fui a esses concertos)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Top 10 de 2011


1: Ana Kefr - The Burial Tree (II)

                                              2: Solstafir - Svartir Sandar

3: Opeth - Heritage

4: The Devin Townsend Project - Deconstruction

5: Moonsorrow - Varjoina Kuljemme Kuolleiden Maassa

6: U.S. Christmas - The Valley Path

7: Deafheaven - Roads To Judah

8: Mastodon - The Hunter

9: Steven Wilson - Grace For Drowning

10: Wolves in the Throne Room - Celestial Lineage

Outros bons lançamentos deste ano: (por ordem alfabética das bandas/artistas)

Altar of Plagues - Mammal
Amebix - Sonic Mass
Amorphis - The Beginning Of Times
Before the Dawn - Deathstar Rising
Blackfield - Welcome To My DNA
Bon Iver - Bon Iver, Bon Iver
Boris - Heavy Rocks
Burzum - Fallen
Fleshgod Apocalypse - Agony
Graveyard - Hisingen Blues
Heavenwoon - Abyss Masterpiece
Ics Vortex - Storm Seeker
Kurt Vile - Smoke Ring For My Halo
Leprous - Bilateral
Long Distance Calling - Long Distance Calling
Lykke Li - Wounded Rhymes
Mogwai - Hardcore Will Never Die, But You Will
Myrath - Tales of the Sand
Nightwish - Imaginaerum
Obscura - Omnivium
Pain Of Salvation - Road Salt Two
PJ Harvey - Let England Shake
Primordial - Redemption At The Puritans Hand
Radio Moscow - The Great Escape of Leslie Magnafuzz
Red Fang - Murder the Mountains
Russian Circles - Empros
Septic Flesh - The Great Mass
Shining - VII: Fodd Forlorare
The Antlers - Burst Apart
The Atlas Moth - An Ache For The Distance
The Seven Mile Journey - Notes For The Synthesis
Tom Waits - Bad As Me
Trap Them - Darker Handcraft
Trent Reznor & Atticus Ross - The Girl With The Dragon Tattoo (OST)
TV On The Radio - Nine Types Of Light
Ulver - War of the Roses 

Ulver - War of the Roses

São uma das bandas de maior culto no mundo da música extrema e neste momento a sua música de extremo não tem nada por incrível que pareça, a sonoridade geral dos Ulver é complicada de catalogar, caso seja preciso, ficamo-nos só por banda experimental.

Com início de carreira caracterizado por uma sonoridade dentro do Black Metal, os Ulver tem vindo numa demandada surpreendente de sons de álbum para álbum desde música avant-garde presente no registo duplo Themes From William Blake's The Marriage Of Heaven And Hell, passando pela eletrónica no sublime Perdition City, tendo viajado no mundo do trip-hop na banda sonora do filme Svidd Neger e no mundo do experimental no registo Blood Inside, culminando na música ambiente presente no brilhante Shadows Of The Sun.

Ulver que são liderados pelo mestre Kristoffer "Garm" Rygg, que para quem não sabe tem sido uma figura única no panorama musical, já pertenceu aos Borknagar e Arcturus, tem um projecto a meias com o multi-instrumentista português Daniel Cardoso intitulado de Head Control System, já teve participações em alguns álbuns das bandas Dimmu Borgir, Ihsahn, The Gathering e Sunn O))), e também já produziu dezenas de registos dos mais variados artistas.

War Of The Roses é a continuação do trabalho de uma banda a querer destacar-se de tudo o resto que se faça no mundo, musicas como “February MMX” e “Providence” são alguns dos destaque deste grande conjunto de músicas presentes em mais um grande trabalho desta brilhante combinação de músicos exemplares.

Ulver neste momento não é metal, aliás, Ulver neste momento não é um género de música específico, Ulver é arte, arte que merece e deve ser apreciada e ao contrario de quase todas as bandas ou artistas, seja de que estilo for, os Ulver são uma banda mutante, não se ficam por um só estilo e mesmo fazendo isso conseguem manter uma qualidade única nos seus trabalhos, querem alguma banda para venerar? apresento-vos os Ulver. 9.4  

domingo, 18 de dezembro de 2011

20º aniversário dos SIMBIOSE e GROG - Reportagem

Inicialmente este evento foi criado para celebrar os 20 anos de carreira da banda de Crust, os Simbiose, mas para juntar á festa foram chamados outra banda que este ano também celebra os seus 20 anos de carreira, falo dos Grog, donos e senhores do brutal death/grind em terras lusas.

Para esta celebração, os Simbiose quiseram fazer algo mais que um simples concerto, o convívio para amigos e fãs foi algo que a banda destacou desde o início ao pedir aos mesmos para enviarem por mail vídeos, fotos, cartazes e entrevistas que marcaram a carreira da banda de Lisboa que usou a Casa de Lafões como o local para se decorrer este evento. Para melhorar o local em termos sonoros a banda alugou um PA com melhores condições do que o PA disponível pela Casa de Lafões.

As portas abriram às 16 horas mas os concertos só começaram às 18 horas, para preencher o tempo as pessoas puderam ver uma exposição de fotos tiradas pela Carina Martins aos Simbiose ao vivo e em fotos promo. Enquanto se ouvia música dos mais variados estilos as pessoas tiveram direito a ver um extenso vídeo com as compilações de imagens e vídeos que a banda pediu aos fãs, fotos na carrinha da tour, fotos de bilhetes antigos onde se podia ver o preço que na altura era só 350 paus, valor esse que agora equivale a 1.75 euros. Flyers e posters de concertos onde os Simbiose atuaram ao lado dos Filii Nigrantium Infernalium, Grog, Ratos De Porão, Rambo, entre outras bandas. E por entre capas de demos antigas e fotos de concertos dos primórdios da banda, conseguiu-se juntar muita informação que agradou aos fãs da banda, esses que como se pode ver são de diferentes gerações.

Após uma grande actuaçao no Putrefacted Xmas Fest organizado pela Nemesis Radio, e de ontem terem estado no XII Butchery At Christmas Feast que se realizou no Pavilhão Oriental São Martinho na Covilhã com bandas como Haemorrhage, Gruesome Stuff Relish e Psychofagist, eis que os Grog fecham o ano também de celebração.

Como já vem sendo habito, boa disposição foi algo que esteve sempre presente e as músicas escolhidas foram as mesmas tocadas na noite anterior mas com alguns cortes pelo meio fazendo com que a atuação dos Grog durasse apenas 30 minutos.

“Sicko”, “Stream Of Psychopathic Devourment”, “Sphincterized (Materialized In Shit)” e “Ravenous Loathing” tem sido nos ultimos tempos sempre os ‘openers’ dos concertos dos Grog e claro os representantes do album lançado este ano, Scooping the Cranial Insides. Apos um momento de agradecimento aos Simbiose pelo convite feito e de prometerem ao público que iam compensar o pessoal de uma maneira fofa devido ao pouco tempo que iriam ali estar eis que rebentam com “Cult Of Blood”.

Pelo menos um medley de um dos albums da banda é algo que os fãs já estão habituados e ate agradecem, assim tem mais tempo para libertarem o stress, vindas de 1996, as musicas “Spontaneous Gore”, “Cannibal Feast” e “Monstrous Anatomic Deformation” do álbum Macabre Requiems puseram o público em sentido.

‘Hora do grindcore pois é, grindcore rima com natal’, palavras sábias do vocalista Pedro Pedra "Aion" ao anunciar um final explosivo e divertido ao som de “Ass Sapiens”, “Blood In My Face” e “Fake World”, uma cover dos Simbiose, ao qual a banda brincou a dizer que era sua. Foi um concerto curto? sim. Foi mais um grande concerto? claro que sim.

Sicko
Stream Of Psychopathic Devourment
Sphincterized (Materialized In Shit)
Ravenous Loathing
Cult Of Blood

Medley do album Macabre Requiems
(Spontaneous Gore + Cannibal Feast  + Monstrous Anatomic Deformation)

Sado-Masoquist Butchery
Ass Sapiens
Fellowship of the Shaved Balls
Cannibalistic Devourment
Blood In My Face
Fake World (Simbiose Cover)

Hora da banda organizadora do evento, os Simbiose, por entre eps, splits e albums e anos em que só fizeram tours ou algumas datas com bandas como Extreme Noise Terror, Driller Killer e Ratos de Porão, os Simbiose tem sido uma das bandas com mais trabalho nos últimos anos. Antes de começarem a tocar houve tempo para se cantar os parabéns á medida que um bolo ia sendo levado para o palco para a banda apagar as velas.

Com duração de apenas uma hora a banda conseguiu escolher um lote de mais de 20 musicas para tocar neste evento especial. “Pointless Tests” e “The Lone Death” do album Evolution? deu inicio a um concerto que da parte do publico começou tímido mas com o passar da noite e ao som das musicas “Fake Dimension”, “Autoestima”, “Sem Moral”, “Obey” e “Gene” retiradas do ultimo álbum da banda Fake Dimension, que já data de 2009, o publico la perdeu a timidez e começou a fazer mosh e diversos stage dives, Pedro Pedra, vocalista dos Grog, foi uma das figuras que se aventurou saltar do pequeno palco da Casa de Lafões, que este ano celebra um seculo de existência.

“Fake World” e a “O Seu Lugar” foram interpretadas com Mosgo, antigo elemento da banda, em palco. “Zoo Não Logico” e “Excrementos De Ódio” do primeiro álbum da banda, Naked Mental Violence, e “Can´t Understand” do último, foram pratos bem servidos de uma refeição que já estava mais que quente e mesmo assim pedia por mais. Até Quando?, primeira demo da banda lançada em 1993 foi representada pelas musicas “Portugal Em Chamas” e “Em Nome Da Ordem e Da Lei”. “Ideia Deliroide”, “Morrer” e uma música que vai estar presente no próximo álbum da banda que está prometido já para 2012, fecharam em grande este dia de festa. Bom natal e até pro ano.

Poitless Tests
The Alone Death
Fake Dimension
A Solução
Terrorismo De Estado
Autoestima
Sem Moral
Obey
Betrayal
Gene
Fake World 
O Seu Lugar
Zoo Não Logico
Mundo Em Guerra
Can´t Understand
Novas Doenças
Portugal Em Chamas
Em Nome Da Ordem e Da Lei
Excrementos De Ódio
Que Interessa?
Ideia Deliroide
Morrer

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

The Sign Of Hell Tour - Gorgoroth + Vader em Corroios 14/12/2011 (reportagem + fotos)

A passagem desta tour conjunta por Portugal ficou marcada pelo cancelamento da data que se iria realizar no Hard Club, no Porto, no dia anterior ao concerto em Corroios, a fraca venda de bilhetes foi o motivo apresentado pela organizadora que assim deixou só a data de Corroios.

Até a abertura das portas, nem chegou a duas dezenas as pessoas que andaram a circular durante o dia á volta do recinto, levando a que os Amassado, primeira banda da noite, terem começado a atuar com pouco mais de dez pessoas presentes dentro do Ginásio de Corroios. Não foi isso que os levou a baixo e através de uma atuação solida mostraram algumas músicas do álbum Coração Enterrado, lançado o ano passado e ate agora o único registo da banda.

A banda é Italiana, mas composta tanto por elementos de Itália e do Brasil, por isso a comunicação com o (pouco) público foi fácil. Com pouco tempo disponível, apenas 30 mins, a banda fez o melhor que pode e durante a sua atuação ainda puderam ver uma sala mais bem composta e ao tocarem músicas como “Puta”, “Amazonia” e “Fobia” com a sua mistura de Thrash e Death Metal, conseguiram por, o ainda pouco publico a fazer headbang.

(setlist indisponivel)

Vindos também de Itália vieram os Adimiron e com um novo álbum lançado á poucos dias banda focou-se só nele. K2 com o seu Death Metal Progressivo apresenta um bom leque de músicas de quando transpostas para um concerto conseguem por muita gente em sentido. Não há muito a dizer da prestação dos Adimiron, tal como os conterrâneos Amassado tiveram quase o mesmo tempo de atuação e ambas as bandas aqueceram bem a noite para o que ai vinha.

Oriens
Vertical Limit
The Red Condition
The Whisperer
To Whom It May Concern
Servant's Poem

20:40, chega a altura de uma das bandas principais desta tour, com apenas uma hora para tocar, os Vader, um dos pilares do género, conseguiram encaixar 17 músicas na sua atuação que levou ao rubro muita gente que envergava tshirts da banda Polaca. “Return to the Morbid Reich”, primeira faixa do album lançado este ano, Welcome to the Morbid Reich, deu inicio a uma atuação explosiva a todos os níveis.


Em “Come and See My Sacrifice” e “Black Velvet And Skulls Of Steel” já se via muita gente a querer se libertar, ou como se diz na gíria do mundo extremo, fazer mosh, algo que na combinação explosiva “Carnal” de 1997 seguida de “I Am Who Feasts Upon Your Soul” do último álbum e “The Wrath” de um dos primeiros Eps da banda ainda nos anos 80’, fizeram as delícias de muita gente.


Até ao final do concerto o mosh esteve presente em todas as músicas. “Decapitated Saints”, “Silent Empire” e “Cold Demons” tendo todas pouca duração, foram tocadas sem pausas. “Helleluyah!!! (God Is Dead)”, um dos hinos da banda, foi o momento perfeito para se fazer coro e claro, muito mosh. Quando se pensava que a banda tinha acabado o seu concerto eis que regressam para uma viagem ao EP de 2005 The Art of War, para interpretarem “Para Bellum” e “This Is the War”.


Para o fim ficou reservado uma pequena surpresa, uma música que foi pedida a noite toda enquanto os Vader atuaram, pelo ambiente vivido uma pessoa ate pode deduzir que a música neste momento pertence aos Vader e não á banda que a cirou, porque vejamos, esta música quando é tocada pela banda que a criou já não tem o mesmo impacto que tinha á bem poucos anos atras, falo pois da Raining Blood, um dos hinos da banda Americana Slayer. Ainda estava a batida de bateria inicial a tocar e já metade do recinto estava a salivar para o que ai vinha, a loucura foi total, o centro do ginásio foi o ponto de encontro para o mais variado tipo de pessoas que queriam celebrizar aquele momento, e quem não esteve no mosh esteve a fazer headbang, foi de certeza o melhor momento de toda a noite.


Return to the Morbid Reich
Sothis
Devilizer
Never Say My Name
Come and See My Sacrifice
Black Velvet And Skulls Of Steel
Wings
Carnal
I Am Who Feasts Upon Your Soul
The Wrath
Decapitated Saints
Kingdom
Silent Empire
Cold Demons
Helleluyah!!! (God Is Dead)

Encore:
Para Bellum/This Is the War
Lead Us
Raining Blood

A troca de instrumentos para os Gorgoroth puderem atuar foi feita ao som da ‘Marcha Imperial’, musica imortalizada pela saga de ficção científica, Star Wars. Depois de terem atuado no antigo Hard Club em 2005, os noruegueses Gorgoroth, uma das instituições do Black Metal norueguês criado nos anos 90, voltaram finalmente a Portugal embora com uma formação muito diferente da vista em 2005. Já passava das 23:00 quando os Gorgoroth subiram ao palco para mais uma prestação solida.


Um início demolidor com “Bergtrollets Hevn”, “Aneuthanasia” e “Prayer” foram autênticas injeções de puro Black Metal para alimentar muitos apaixonados por esta sonoridade mais crua do mundo extremo. “Katharinas Bortgang” veio diretamente de 1994 e do primeiro trabalho dos Gorgoroth, Pentagram de seu nome. A presença de várias pessoas com 'corpse paint' foi algo notado por toda a gente.


Do álbum de 1996, Under the Sign of Hell, que foi regravado este ano, vieram “Revelation Of Doom”, “Ødeleggelse og undergang” e “Blood Stains the Circle”, tendo as duas ultimas sido tocas sem descanso. A diabólica “Satan-Prometheus” do álbum Quantos Possunt ad Satanitatem Trahunt fez o vocalista Pest mostrar ao público o porquê de ter regressado á banda para substituir Gaahl.


Antes de a banda interpretar eximiamente as musicas “Destroyer” e “Incipit Satan” ouviu-se do público mais um momento de humor, característico dos concertos de metal: ‘Isto é melhor que um orgasmo’. “Krig”, que em português significa guerra, ambas do álbum regravado este ano, deram caminho a “Unchain My Heart!!!”, que sem direito a encore, fechou em grande um concerto que acabou por ser muito curto, durou apenas 50 mins, algo que muitos dos presentes reparou nisso e questionaram-se á medida que iam saindo do recinto de regresso a casa.


Bergtrollets Hevn
Aneuthanasia
Prayer
Katharinas bortgang
Revelation Of Doom
Forces of Satan Storms
The Rite of Infernal Invocation
Ødeleggelse og undergang / Blood Stains the Circle
Satan-Prometheus
Destroyer / Incipit Satan
Krig
Unchain My Heart!!!

Fotos cedidas por Pedro Almeida

domingo, 11 de dezembro de 2011

20º aniversário dos SIMBIOSE e GROG

Em celebração dos 20 anos da banda, os Simbiose vão fazer uma festa/concerto/convívio para amigos e fãs já no próximo dia 18 de dezembro, pelas 16h(abre as portas) na CASA DE LAFÕES Rua da Madalena, 199 - 1° andar, 1100-319 Lisboa. A entrada custa 8€.

Esta festa de celebração consiste não só num concerto da banda, mas em juntar vários videos, fotos, cartazes, tudo o que tiver relacionado com a mesma, que ao longo deste tempo marcaram a vida dos fãs. A esta festa vão-se juntar os amigos de longa data GROG , os miticos reis do death/grind que igualmente aos Simbiose iniciaram-se em 1991. Haverá tambem alguns dj´s amigos, exposição de fotografia por Carina Martins e um pequeno lanche.

Para melhorar o local em termos sonoros os Simbiose vai alugar um PA que seja digno de receber as duas bandas.

A banda pede a quem tenha informação(videos/fotos/entrevistas etc),que nos envie o material para simbiosecrust@gmail.com

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ihsahn - After

Aquando do seu lançamento o ano passado não lhe dei o seu devido destaque, mas apos ter visto o seu concerto na edição do Vagos Open Air deste ano, dedico-lhe aqui umas palavras.

Qualquer pessoa que ouça Metal já ouviu na falar nos Emperor, muitos os consideram a melhor banda de Black Metal de sempre, algo que pode estar sempre em conta quando ouvimos albuns como Anthems to the Welkin at Dusk e In the Nightside Eclipse, dois marcos absolutos da musica extrema e que colocam, não só os Emperor, mas também o próprio Ihsahn, como figuras destacáveis do mundo do Black Metal.

Desde que os Emperor se separaram em 2001, Ihsahn lançou-se a numa carreira a solo e desde então já lançou três albums, The Adversary em 2006, angL em 2008 e o ano passado lançou, o que é para mim o melhor álbum da sua carreira a solo, o magistral After, um álbum que deixou muitos puristas do Black Metal a olhar de lado quando se depararam com um registo bem mais limpo que os seus antecessores, mas o grande ponto de destaque é a introdução do saxofone que só veio abrilhantar ainda mais este registo.

Jørgen Munkeby foi o músico escolhido para empregar os seus conhecimentos de saxofone neste registo, o seu trabalho pode, e deve, ser ouvido nos Shining, não os Suecos que tocam Black Metal depressivo, falo sim da banda Norueguesa que mistura Metal Avant-garde com jazz, criando uma sonoridade interessante que também captou a atenção de muita gente o ano passando quando lançaram o bastante intricado Blackjazz.

Lars K. Nordberg e Asgeir Mickelson regressam novamente aos seus lugares de baixista e baterista, respectivamente. Além da introdução do saxofone, o trabalho de guitarra da parte de Ihsahn também está mais apurado e extensivo não fosse pela adição de uma guitarra de 8 cordas, algo que o Ihsahn usa pela primeira vez nos seus trabalhos a solo.

Qualquer pessoa que já tenha ouvido este álbum concordará comigo quando digo que uma pessoa fica desde cedo colada a este trabalho ao ouvir a primeira faixa, a “The Barren Lands”, é muito difícil ficar indiferente ao ouvir um assombroso trabalho de bateria e os riffs arrepiantes misturado com a voz de Ihsahn que aqui também usa voz limpa.

“A Grave Inversed” mais parece que Ihsahn deu a Jørgen Munkeby um momento para por neste registo um bocado do que faz nos Shining. “Undercurrent” e “On the Shores” como ultima musica, alem de serem as músicas com maior duração deste trabalho, são também as faixas que demostram melhor o grande trabalho de todos os músicos que participaram neste álbum. 9.2

The Barren Lands
A Grave Inversed
After
Frozen Lakes on Mars
Undercurrent
Austere
Heaven's Black Sea
On the Shores

Como já foi dito, Ihsahn esteve presente no Vagos Open Air deste ano ao lado de bandas como Opeth, Morbid Angel e Devin Townsend, quem quiser relembrar-se do que por la aconteceu pode seguir este link: Vagos Open Air 2011: A Viagem

domingo, 4 de dezembro de 2011

Putrefacted Xmas Fest


Mais uma vez, a Republica da Musica situada em Alvalade, abriu portas para mais uma noite de peso nacional, desta feita para acolher o Putrefacted Xmas Fest, o primeiro evento de maior envergadura feito pela Nemesis Radio, um projeto que começou em 2009 para ajudar na divulgação e promoção de bandas nacionais.

Para dar inicio a esta jornada, que se espera que dure muito tempo e com mais eventos, a Nemesis conseguiu reunir um leque de bandas, cujo reconhecimento da parte do publico metaleiro nacional já é bem elevado. Como cabeças de cartaz vieram de Oeiras os Grog com o seu Brutal Death Metal com cuspidelas de Grindcore. Do Porto vieram os Web com o seu Thrash Metal musculado.

Inicialmente estavam confirmados os Decayed, a mítica banda de Black Metal liderada por J.A. (José Afonso), mas devido a problemas a poucos dias da realização deste evento os Decayed tiveram que cancelar e foram rapidamente substituídos por uma das bandas que mais sensação tem feito a nível nacional nos últimos anos, falo dos Swichtense, a banda da Moita com o seu Thrash/Groove Metal que faz muito lembrar os lendários Pantera.

Para o início da noite vieram de Sintra os Concealment e o seu Death Metal técnico, inicio esse que ficou marcado pelos atrasos na abertura de portas que estava marcado para as 20 horas e só foram abertas quando já passam das 21 e isso levou, claro, a que os concertos começassem mais tarde, e foi ás 22 horas que os Concealment deram inicio á festa, assim que a banda subiu ao palco ninguém conseguiu desviar os olhares do baixo que Paulo Silva empunhava, Filipe Correia, vocalista/guitarrista, apelidou o instrumento de prancha de surf e para quem já viu ao vivo um baixo de 9 cordas sabe o tamanho do objeto.

A prestação dos Concealment foi bastante solida, Filipe Correia é um vocalista versátil e não é fácil ter uma performance daquelas á medida que lida com os principais riffs da banda, David Jerónimo na bateria mostrou bom serviço, mas claro, Paulo Silva com a sua prancha foi a figura da noite, ele usou o baixo como bem lhe apetecia, com a devida atenção ao som que dali saia pode-se verificar a capacidade que um instrumento daqueles tem.

Hamartia
Stridulation
Crimson Din
Orifice
Cyclothymie
Minus Eye
Empalamento Dos Sentidos
Long For Flesh
Deluge

Como ja foi dito, para substituir os Decayed, vieram os Switchtense, banda que nos últimos anos tem percorrido o pais de norte a sul a mostrar a toda a gente o bom metal que se faz a nível nacional e também a mostrar uma das bandas mais solidas a nível de concertos, quem já pode presenciar um concerto dos Switchtense sabe que eles estão sempre prontos para a festa.

Tendo pouco tempo de actuação eles aproveitaram o tempo ao máximo e tocaram quatro músicas de cada album que a banda já lançou, Confrontation Of Souls de 2009 e o homónimo que foi lançado este ano. “Concrete Walls” e “Face Off” sucedidas pela “Into The Words Of Chaos” que pôs logo toda a gente a fazer headbang, e “Unbreakable”, primeiro single do álbum homónimo, puseram desde cedo muitos dos presentes num estado de loucura.

“State Of Resignation” seguida da emblemática “Infected Blood” com uns últimos headbangs e moshs deram por encerrado mais um grande concerto desta banda que tem tudo para se tornar das melhores a nível nacional. Não há assim muito a destacar em relação ao concerto de Switchtense, eles não são de falinhas mansas, apenas quem chegar e destruir tudo com a sua música explosiva e como sempre fizeram o que melhor sabem que é dar espetáculo.

Concrete Walls
Face Off
Into The Words Of Chaos
Unbreakable
Second Life
This is Only the Beginning
State Of Resignation
Infected Blood

Já passava da 00:00 quando os Web subiram ao palco para virem apresentar a sua mais recente proposta, Deviance, e também para celebrar os seus 25 anos de carreira. O seu Thrash Metal fez muita gente dirigir-se a Alvalade nesta noite fria ao vermos muita gente a envergar tshirts de bandas como Kreator, Metallica e Exodus. Victor Matos, o único membro fundador que ainda permanece na banda foi uma das figuras da noite não fosse a sua imagem lembrar um Senhor de nome Devin Townsend antes de ter rapado o cabelo e de começar a fazer albums de rock ambiental.

Cinco das nove músicas do álbum Deviance foram ouvidas nesta noite, prestação muito solida e rápida, muitos headbangs roubados ao público, a certa altura o vocalista/baixista Fernando Martins vira-se para o público, ‘Como é que isto ta a ir? ta a ir bem?’ a qual teve a resposta vinda do publico ‘mais ou menos’, ‘ouviram, estamos mais ou menos, vamos acelerar isto’, para isso foi tocada “Beautiful Obsession”, uma das musicas mais rápidas do album deste ano. “If Only There Was Light” do album de estreia, World Wild Web de 2005, ficou reservada para o final desta banda veterana do metal nacional.

Life Agression
Last War
Strong Winds, Strong Waves
Mortal Soul
Awake
(In)Sanity
Beautiful Obsession
If Only There Was Light

Antes do concerto dos Grog, foi chamado ao palco Fernando Tina, director da Nemesis Radio, para se fazer um sorteio para oferecer dois bilhetes duplos para o festival Hardmetalfest em Mangualde que se realiza em Janeiro. Graças a um voluntario do publico (foi pedido uma menina) retirou-se de um saco números que depois de visto nos bilhetes do concerto davam direito aos bilhetes para o festival em Mangualde, durante o processo boa disposição foi algo que não faltou, aliás, foi algo que perdurou durante a noite toda.

1:20 da manha e la entraram os Grog em palco, também em ano de aniversario, neste caso 20 anos de muito gore, para celebrar isso a banda gravou o concerto para um futuro dvd. O início ficou marcado pela presença de duas ‘assistentes’ com vestimentas que cruzava o mundo gótico e o mundo Lolita, estilo popular no Japão. Para despachar a apresentação do novo álbum, Scooping The Cranial Insides, também lançado este ano, foram tocadas cinco musicas para assim deixar o resto do concerto um revisitar do resto da carreira. “Sicko”, “Stream Of Psychopathic Devourment”, “Sphincterized (Materialized In Shit)”, “Ravenous Loathing” e “Hanged By The Cojones” foram as escolhidas.

Durante a “Ravenous Loathing” o bumbo da bateria de Rolando Barros rompeu e graças a isso o concerto teve uma pausa de 5 minutos enquanto a pele foi substituída com a ajuda de Xinês, baterista dos Switchtense. Para preencher esse tempo houve uns momentos de comédia, Pedro Pedra descreveu as outras bandas da noite usando sempre as mesmas palavras ‘que puta de banda, mas a serio, que grande puta de banda’. Os Concealment ate receberam uma alcunha ‘Tem mais cordas do que dedos’.

Com tudo arranjado e apos interpretarem “Hanged By The Cojones” deram por concluído a primeira parte que serviu de promoção ao Scooping The Cranial Insides. Como regresso ao passado tocaram uma medley de varias musicas do álbum de 2001, o Odes to the Carnivorous ao qual permaneceram e tocaram “Cult Of Blood” e “Terrified”. “Rotten Grave” e “Splashterized Autopsy” do album Macabre Requiems abriam portas para mais uma medley, desta feita do mesmo álbum de onde as duas músicas anteriores foram retiradas.

Para o fim “Ass Sapiens” e “Fellowship of the Shaved Balls”, musicas que podem ser encontradas no split feito com os Australianos Roadside Burial e Portugueses Pussyvibes, “Cannibalistic Devourment” vem directamente da primeira demo da banda, a “The Bluuaaarrrgghh Rehearsal” de 1992, “Eskeletos de Kona” deu por fim a esta grande noite.

Sicko
Stream Of Psychopathic Devourment
Sphincterized (Materialized In Shit)
Ravenous Loathing
Hanged By The Cojones

Medley do album Odes to the Carnivorous
(Narcissistic Skinblade Reflection + Corpse Reanimation (The Mutants Revenge) + Necrogeek (The Doctor's Diary))

Cult Of Blood
Terrified
Rotten Grave
Splashterized Autopsy

Medley do album Macabre Requiems
(Spontaneous Gore + Cannibalistic Devourement + Monstrous Anatomic Deformation + Sado-Masoquist Butchery)

Ass Sapiens
Fellowship of the Shaved Balls
Cannibalistic Devourment
Blood In My Face
Eskeletos de Kona

È preciso dar os parabéns á Nemesis Radio, mesmo tirando os atrasos no inicio da noite, eles fizeram um grande trabalho, é raro ver no mesmo cartaz quatro bandas e cada uma com o seu estilo, isso é muito bom porque ajuda a promover ainda mais o bom que se faz a nível nacional ao juntar-se diferentes tipos de publico, é de prever que em 2012 a Nemesis irá estar ainda mais presente no circuito de concertos.