sexta-feira, 31 de julho de 2009

O que é um momento grandioso?


Vamos imaginar ouvir a Rime Of The Ancient Mariner, é uma musica dos Iron Maiden, num veleiro dos anos 40, ao pôr-do-sol a umas centenas de milhas afastado da costa onde apenas só vês o horizonte para qualquer lado que olhes.

Pois bem, isso aconteceu a uma pessoa conhecida e pela descrição foi um momento único:

"Tudo isto para te dizer que desde o dia 18 até ontem eu fiz um estágio cientifico num veleiro, desde a costa norte de Espanha, passando por Portugal até à costa sul de Espanha.

Numa das noites quando não estava ninguém no convés eu fui para lá ouvir um bocadinho de Iron Maiden. Achei que o momento era adquado para sentir Rime Of The Ancient Mariner em pleno mar.
Olha, tu não tens noção de qual foi a sensação da coisa...
Sentei-me num ventilador qualquer e agarrei-me a uma corda de uma das velas, não estava bem equilibrada pois assim podia sentir melhor o efeito da ondulação no barco. Coloquei o meu iPod quase no volume máximo e carreguei no play...

A música começou e eu sentia-me como se fosse um marinheiro ou um pirata, sentia-me livre e uma personagem de uma história...
O sol estava a pôr-se. O cenário era perfeito, não se via nenhum vestígio da presença humana no horizonte. Aos 6:20 da música, na parte calma já estava escuro, o sol já se tinha escondido no horizonte e deusse-me um arrepio frio por todo o meu corpo...
Para além do som da guitarra, das portas a ranger, da voz fria do homem a falar eu ainda conseguia ouvir o 'FUUU' das ondas e o som do vento. M Á G I C O !!! Como se fosse um bónus à musica.

Eu estava possuida pela música, só queria gritar no momento em que o bruce volta a cantar (~7:42), eu não estava em mim.
E quando eu pensava que não podia estar mais penetrada na musica, aos 9:00 minutos quando entra a parte forte da música a ondulação começa a ser mais forte e a inclinação do barco também.
Eu nem queria acreditar, é como se a Natureza também estivesse a ouvir a música e a reagir ao mesmo tempo...

Quando a música terminou o meu coração era do tamanho de uma ervilha, estava a senti-lo tão apertado...
Eu nem sabia o que pensar ou o que fazer...

Tinha de partilhar isto..."

Sem palavras…
Up The Irons

sábado, 11 de julho de 2009

Alive 09/07/09

Alive, apesar de as bandas terem estado todas bem embora do pouco tempo que a maioria teve disponível no geral o dia foi bacano, mas um concerto para mim não basta que a banda que esteja a actuar toque bem ou não, o publico tem que estar à altura e o que aconteceu este ano no Alive foi uma vergonha, eu e a minha amiga pensávamos que íamos morrer em Lamb Of God e Machine Head e no final nem sentimos nada, atrás de mim fizeram algo que deveria ser um mosh (para quem não sabe, saltar como coelhos o tempo todo e dar encontrões ombro a ombro no ar não é mosh..) e uma espécie de wall of death (uma wall of death so arrebenta quando a musica arrebenta, coisa que demora uns segundos na Black Label dos LoG, so que como a malta que abriu a wall não conhecia a musica decidiram, nem foi arrebentar, foi terem feito o que fizeram nos mosh’s, saltos á coelho..) e ao ver aquilo so deu mesmo vontade de vomitar. O dia todo do Alive em termos de brutalidade correspondeu a prai uns 3% ou 4% da brutalidade do ano passado só de Machine Head no Rock In Rio. Se querem ir a um concerto de grande magnitude que ouçam muito sobre as bandas que estarão presentes para não irem para ali fazerem figura de urso, foi o que se viu durante Machine Head e Lamb of God, pela maneira de estar das pessoas muita mas mesmo muita gente não conhecia la muito as musicas das bandas, so o inicio da Imperium dos MH que é para gritar “Hear Me Now” devia ter sido dito por todo o publico a plenos pulmões e no final so prai 5 % do publico é que deve ter dito..

Quem não sabe estar num concerto, quem não sabe fazer mosh quando se pede mosh, quem não sabe quando se fazer mosh e quem não sabe fazer uma coisa tão simples como uma wall of death que não se metam nestas coisas, querem ir aos concertos vão á vontade mas observem e um dia participem.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Optimus Alive 2009 ...Headbang Motherfucker \m/

RAMP abriram muito bem as hostes do dia com uma prestação sólida com o publico a responder bem com saltos, hey’s hey’s e ate alguns “mosh’s”… mas na minha opinião como já os tinha visto antes eu preferi o concerto deles no Music Box porque como estavam a regressar de uma longa paragem a energia que tinham contida notou-se mais.

Blind
Enchantment
Dawn
How
The Cold
Hallelujah
Black Tie

Mastodon, clássicos misturados com musicas novas a dar alegrias a toda o pessoal, estava previsto eles tocarem o Crack the Skye na integra mas como os 45 min que tiveram disponíveis nem dava para tocar o cd eles decidiram por uns clássicos como Crystal Skull e a Blood & Thunder para dar um ar mais alegre ao dia.

Oblivion
Wolf is Loose
Crystal Skull
Blood & Thunder
The Czar
Crack the Skye
Iron Tusk
March of the Fire Ants

Lamb Of God, esperava-se a loucura total mas o que se viu ficou muito aquém das expectativas, boa prestação da banda dos manos Adler so que o publico não soube responder, assim do nada o que muita gente conhece como mosh, pit, circle pit’s.. desapareceu, assim do nada só se viu a malta aos saltos a dar encontrões uns aos outros de ombro e ate vi malta a bater barriga a barriga no ar, mas que raio foi aquilo??? quanto ás wall’s of death’s criadas (já que o espaço não permitia uma gigante) aquilo foi a maior estupidez já mais vista, para quem conhece a musica sabe que no inicio aquilo dá uma batida para dar tempo ao pessoal para abrir mas uma larga maioria decidiu assim que a musica começou começar a dar saltinhos como se fossem coelhos homossexuais, se os LOG não cá voltarem mais após terem visto aquelas figuras tristes não será muito estranho.
Antes que venham dizer algo sem pensar, não, eu não tive nos mosh’s (se é que se pode chamar aquilo de mosh’s) eu trabalho e no meu trabalho eu tenho que estar o dia todo em pé logo não posso dar-me ao luxo de andar ai feito maluco em tudo o que se mexe, ainda pensei ir para a wall of death que abriu mesmo atrás de mim mas ainda bem que não fui.

The Passing
In Your Words
Set To Fail
Walk With Me In Hell
Now You've Got Something To Die
For Ruin
Dead Seeds
Laid to Rest
Redneck
Black Label

HEADBANG MOTHERFUCKER

Este foi o lema escolhido que o senhor Robb Flynn dos Machine Head usou dezenas de vezes para que a malta fizesse headbang, mas após o que aconteceu com Lamb Of God não se esperava muito da parte do público, ainda assim ate houve alguns (embora poucos) momentos onde houve circle pit’s de jeito, foi durante a Davidian. Da parte dos Machine Haad nada a dizer, foi provavelmente o melhor do dia na minha opinião, para destacar o aparecimento da mãe do guitarrista Phil Demmel que é Portuguesa e que recebeu uma grande ovação do publico.

Imperium
Ten Ton Hammer
Beautiful Mourning
Old
Struck a Nerve
Bulldozer
Halo
Davidian

Slipknot, por esta altura eu já estava cá para trás e como nunca gostei desta banda logo não vi o concerto com olhos de ver, por isso não vou comentar a sua prestação nem a reacção do público, só não percebo é a função de 41% dos elementos da banda…

O que tambem nao percebo é o que os Slipknot fizeram na ultima musica que foi mandar o pessoal sentar-se no chão, alem de isso nao ter sentido e piada nenhuma muitas bandas andam a fazer o mesmo, Korn, Linkin Park, Limp Bizkit...

Quanto a Metallica devido a problemas com a boleia só vi cerca de 40 min da sua performance, do que vi pude ouvir uma ou duas músicas do novo cd e a minha opinião mantêm-se quanto ao cd, embora não tenha visto tudo não creio que tenha perdido algo que não tenha visto o ano passado já que o James Hetfield diz sempre as mesmas falas.

Quanto ao resto do dia, a entrada foi uma loucura/estupidez enorme, os seguranças queriam abrir as grades para deixar passar as pessoas por ordem só que como malta sem miolos os que estavam lá á frente como tinham tanta pressa decidiram derrubar as grades deixando tanto os seguranças como a policia em pânico logo deixando-nos mais uns 30 min á espera, já la dentro achei um bocado estranho o ajuntamento de miúdos e miúdas (cujas idades não deviam passar dos 16) na zona de impacto, via-se logo que era a estreia para muita gente num concerto, passamos então por RAMP e depois Mastodon, antes de entrarem os Lamb Of God, cerca de 50% da malta que estava na zona de impacto simplesmente saíram dali a correr, talvez pressentindo o terror que iria haver só que não foi isso que aconteceu, a estupidez foi tanta que ate dava vontade de vomitar, só aquelas wall’s, OMG, mais valia nem terem feito, de seguida foi Machine Head onde o publico teve melhor, passou por Slipknot onde não achei nada de especial a esta banda que tem 9 elementos e 4 estão ali puramente a fazer nada.. chegou Metallica e nada de novo na minha opinião, quanto ao palco não percebo porque dos Metallica usarem um palco com aquelas dimensões, mas pronto, no geral ate foi um dia agradável, para quem não foi não perdeu muita coisa a meu ver.