sábado, 7 de maio de 2011

Primordial - Redemption At The Puritans Hand

Para quem não conhece os Primordial são a banda de metal com mais exposição internacional da Irlanda e já contam com 20 anos de carreira. Quando começaram eles praticavam uma mistura de Black com Folk Metal mas com o passar dos anos eles moldaram a sua música e agora apostam com força numa sonoridade mais limpa com algumas misturas entre o Folk e o Celtic Metal.

The Gathering Wilderness de 2005 e To the Nameless Dead de 2007 (os melhores registos da banda) receberam críticas bastante positivas pelo mundo fora e isso fez com que os Primordial atingissem um estatuto de culto e agora com este registo vai sem dúvida cimentar ainda mais a posição da banda como das melhores bandas dos últimos anos. A banda neste registo manteve a mesma linha de qualidade mostrada nos seus trabalhos anteriores, com esta banda não existe a possibilidade de haver superações em relação aos registos anteriores devido á enorme qualidade dos mesmos.

Redemption At The Puritans Hand abre com a No Grave Deep Enough, provavelmente a melhor opener que a banda ja fez, rapidez, poderio, emoção no cantar, que mais se pode pedir, desde cedo vê-se que a voz do Alan Averill está em boa forma ao vermos ele a cuspir com toda a força os refrões: “O, Death where are your teeth / That gnaw on the bones of fabled men / O, Death where are your claws / That haul me from the grave”. Lain with the Wolf é um exemplo perfeito de como se pode fundir vários estilos na perfeição. A um nivel mais Doom Bloodied Yet Unbowed é uma das musicas mais marcantes graças ao seu aumento de intensidade e God's Old Snake mostra aos fãs mais recentes um bocado do passado da banda ao vermos um bocado do Black Metal que a banda explorou no inicio de carreira.

Com The Mouth of Judas chega o momento de os Primordial mostrarem o que melhor fazem que é musica cheia de alma e emoção, o melhor exemplo neste campo é Gallow's Hymn do registo de 2007, uma pessoa que ouça esta musica com os ouvidos bem abertos não é capaz de não prestar atenção, outro bom exemplo é também a The Coffin Ships do trabalho de 2005, muita emoção é o que os Primordial gostam de transmitir em todos os seus trabalhos e a The Mouth of Judas é mais um desses casos, aqui a voz de Alan é usada num registo muito mais limpo.

The Black Hundred e The Puritan's Hand, com Alan Averill sempre no seu melhor, ajudam a aumentar o ambiente para o grande final, Death of the Gods, provavelmente a melhor musica deste trabalho, encerra este registo que certamente, tal como os seus antecessores, irá figurar nas listas de fim de ano para melhor cd do ano. 9/10