E eis que tivemos mais um concerto da parte dos Anathema,
perde-se a conta das vezes que a banda Inglesa já passou pelo nosso país. Apos
um glória passagem pela mítica sala Lisboeta em 2010, o Tivoli e uma passagem
muito azarada pelo Vagos Open Air de 2011 onde as falhas de eletricidade
destruíram mais de metade do concerto, os Anathema regressaram a um pais, que
eles próprios já disseram que sentem algo de especial sempre que ca vem.
A tarde foi muito preenchida á porta do recinto, muito
convívio, rever velhos conhecidos, fazer novas amizades, ganhar alguns
autógrafos e fotos com alguns membros das bandas que vinham ca fora, isto tudo
aliado ao excelente tempo que teve comparado com o que teve durante a semana,
melhor início de dia era impossível. Uns minutos antes para se puder entrar no
recinto, as pessoas na fila tiveram direito a um pequeno concerto da parte de Daniel
Cavanagh quando o mesmo decidiu ligar o seu ipod a uma coluna portátil e por músicas
dos Green Day, Coldplay, Abba e Metallica para ajudar a relaxar antes de mais
um concerto.
Já dentro do Paradise Garage, o início da noite coube aos
Californianos Astra e o seu Rock Progressivo/Psicadelico. Com apenas dois
albums, The Weirding de 2009 e The Black Chord lançado este ano, e com
bastantes músicas de grande duração, os Astra, com apenas 40 minutos á
disposição, foram buscar duas músicas a cada album e deixaram literalmente
muita gente que não os conhecia de boca aberta.
Cocoon
The River
Under
The Black
Chord
The Weirding
Apos uma pequena troca de instrumentos no palco e uma troca
de palavras entre o publico em relação ao concerto dos Astra, eis que chega a
hora da banda da noite. Melhor início de concerto era impossível com as duas
partes da Untouchable a serem tocadas de forma sublime e desde cedo se viu que
íamos ter direito a um concerto com o som perfeito e um público pronto para
tudo, fosse a cantar as letras ou a acompanhar as músicas com palmas. Qualquer
fã de Anthema já se emocionou mais que uma vez ao ouvir uma das muitas músicas
do excelente reportório da banda, são inúmeras as músicas deles que nos tocam a
nível pessoal e a Dreaming Light é uma delas, emoção e sentimento do início ao
fim que levou muitos presentes a deitar lagrimas, na primeira fila, uma fã não se
conteve, algo que a banda viu e que fez Vincent Cavanagh descer do palco no
final da musica para entregar uma garrafa de agua a essa fã.
Mais de metade da set tocada nesta tour é focada nos dois
últimos registos da banda, o We're Here Because We're Here de 2010 e o Weather
Systems que saiu este ano, mas claro que a banda nunca esquece velhas glorias, Deep,
Emotional Winter e Wings of God foram o trio maravilha retirado do mítico Judgement.
Antes de uma magistral A Simple Mistake, Daniel Cavanagh aproveitou novamente o
estarem em Portugal, para contar como ele próprio conheceu o multi-instrumentista
Daniel Cardoso num concerto acústico em Braga em 2008, seguido disto ouviu-se
uma merecida explosão de palmas para um músico que ca ainda é desconhecido por
muitos, mas que la fora tem o devido reconhecimento.
Daniel Cavanagh escreveu todas as músicas do Weather Systems
exceto a The Storm Before the Calm que foi escrita e composta pelo baterista
John Douglas, algo que os manos Cavanagh realçaram ao dizer que quis o destino
de eles e os manos Douglas (baterista John Douglas e a vocalista Lee Douglas)
já se conhecerem desde os tempos de escola graças a terem estado sentados
juntos durante anos na escola devido aos apelidos começarem por letras que são
seguidas umas das outras no alfabeto.
The Beginning and the End foi mais uma das muitas que trouxe
emoção ao público, entre ouvir a versão de estúdio e a versão ao vivo não tem a
mínima comparação, e isto ate é com quase todas as músicas da banda, o que eles
conseguem transmitir em palco é mesmo único e difícil de explicar. A Universal do
We're Here Because We're Here representa o que são atualmente os Anathema, Rock
Progressivo com muita alma, em termos sonoros estão um bocado longe do que a
banda era no inicio de carreira, mas a magia e a paixão sempre se mantiveram.
Para a A Natural Disaster foi pedido para se criar um mar de
luz, fosse com isqueiros ou telemóveis (na primeira fila alguém segurou num
ipad!), algo que foi feito com relativa facilidade, tudo o que esta banda peça
os seus fãs estão dispostos a tal para se criar os melhores momentos possíveis.
Antes do encore veio a emblemática Flying com um coro digno de registo.
Apos um descanso de poucos segundos a banda regressou para
interpretar a One Last Goodbye, uma música que a própria banda disse que não a
tocam com frequência e que a deixam só para momentos especiais, vendo que tocaram
nas duas datas em Portugal e que durante a tour só a tocaram por mais uma ou
duas vezes, é fácil de ver o tipo de relação que a banda tem com o nosso país.
Para o final ficou a música das músicas, Fragile Dreams, encerrando mais um
grande concerto, sim mais um, no que toca a criar e a tocar musica ao vivo
estes senhores e senhora são do melhor que há.
Já ca fora apos o concerto, mais uns momentos para mais
autógrafos e fotografias e de se ver a banda a conhecer finalmente os pais do
membro mais novo dos Anathema, Daniel Cardoso.
Untouchable,
Part 1
Untouchable,
Part 2
Thin Air
Dreaming
Light
Everything
Deep
Emotional
Winter
Wings of
God
A Simple
Mistake
Lightning
Song
The Storm
Before the Calm
The
Beginning and the End
Universal
Closer
A Natural
Disaster
Flying
One Last
Goodbye
Fragile Dreams
Para fotos do concerto é só seguir este link: Anathema + Astra no Paradise Garage 20/10/2012
Sem comentários:
Enviar um comentário